Chame aquelas que não te abandonam nunca e prepare-se para contar com quem você ainda não conhece. Preparada? Antes de partir para seu planejamento de comunicação e mobilização em campanha eleitoral, como pessoas importantes do mapearão como pessoas para se comprometer com sua candidatura.
Se você tiver verba disponível para montar o seu time de forma remunerada, ótimo! A equipa de comunicação, por exemplo, é uma frente com características específicas. A Plataforma Im.pulsa oferece ferramentas para ajudar nessa organização e, aqui, compartilhamos dicas para a construção de um time de voluntárias.
O grande lance é identificar o que você precisa e quem está disponível. Temos algumas ferramentas para ajudar, vamos lá?
Fale para as suas amigas que você se tornou candidata e que é tudo ou nada (risos de nervoso). Você pode fazer isso pessoalmente, se for possível e sempre melhor, ou via redes sociais (Whatsapp, Instagram, Facebook.)
Agora que a maioria das suas aliadas já sabe que você será a próxima eleita de sua cidade, estado ou país (uhu), é hora de reunir algumas e construir uma lista de contatos. Coloque em uma planilha TODAS as informações de pessoas que você conhece e que podem te conectar com ainda mais gente. Temos uma planilha para te ajudar nisso.
Quando uma lista estiver pronta, identifique com quem você fará os primeiros contatos e comece uma aproximação. Uma dica é: seja específico ao propor ou pedir algo.
Prepare um texto curto com sua cara e explique que você está mapeando pessoas para colaborarem com uma campanha. E vale tudo, gente disposta a trabalhar na divulgação, indo às ruas, junto com a equipe fixa, etc. O quanto antes essa chamada acontecer, melhor.
Na Plataforma você encontra um modelo de Formulário de Voluntárias para ajudar nesse mapeamento.
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Conteúdo:
Duda Alcantara, Marcelo Bolzan, Marina Frota e Tulio Malaspina
Redação:
Semayat Oliveira
Redação Final e Edição:
Dandara Lima e Victor Soares
Projeto:
Giulia Fagundes e Thaiz Leão
Facilitação:
Carol Delgado
Coordenação:
Alejandra Parra e Gabi Juns
Esses conteúdos foram desenvolvidos de forma colaborativa durante uma imersão, realizada em março de 2020, que contou com representantes de associações diversas.
Conteúdo revisado em 14 de dezembro de 2023.
Organizar os seus contatos e avisar para todo o mundo – todo mundo mesmo – que agora você é candidata, fará uma campanha chegar a um número cada vez maior de pessoas. Para fazer isso a palavra, mágica (e melhor amiga de uma candidata) é: planejamento.
Mas e aí, como ter certeza que você não tá esquecendo ninguém? E o que fazer depois de ter essa lista de nomes? Vem com a gente! Nesta videoaula com a Thaís Cardoso vamos tirar suas dúvidas de como organizar uma grande rede de apoiadores.
Conteúdo atualizado em 13 de dezembro, de 2023.
A Thaís é graduanda em Ciência Política pela Universidade de Brasília e trabalha com Relações Governamentais na Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor). Além disso, ela é co-fundadora da Ubuntu – Frente Negra de Ciência Política da UnB. Ela também faz parte do #ElasNoPoder como Coordenadora de Gestão de Pessoas e atualmente também integra a Brasil Cursinhos, o Vestibular Cidadão e o Politize.
O Mapeamento de Apoiadoras é um dos primeiros passos em uma campanha eleitoral. Uma atividade simples que vai te ajudar muito em toda a jornada por votos, especialmente no programa de voluntariado e na captação de recursos.
Para mapear suas apoiadoras e apoiadores faça uma lista na qual você vai colocar os nomes de todas as pessoas da sua rede de contatos. Nela devem estar os seus familiares, pessoas próximas, amigas, líderes de movimentos, entre outras. Não deixe ninguém de fora!
Depois de anotar os nomes, anote todos os contatos, qual é o relacionamento da candidata com cada pessoa e como elas podem apoiar a campanha. Ao fazer isso, você vai ter em mãos um documento para facilitar a comunicação e mobilização durante toda a campanha.
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Conteúdo:
Alejandra Parra, Caio Tendolini, Flávia Tambor, Emília Marinho, Karin Vervuurt e Luciana Paes Elmais
Redação:
Victor Soares
Esses conteúdos foram desenvolvidos de forma colaborativa durante uma imersão, realizada em março de 2020, que contou com representantes de diversas organizações.
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Revisão e atualização 2024:
Dany Fioravanti
Vamos lá. O que você vai mais precisar é de gente para ajudar! Não dá pra fazer nada sozinha em uma campanha. Então, é hora de contar com o apoio das voluntárias superpoderosas. Comece fazendo uma listinha com o nome de TODAS as pessoas que você conhece e que podem te ajudar de alguma forma. Você ou uma coordenadora de sua campanha definirá quem fará o quê como dentre as voluntárias.
“Marina, podemos fazer uma roda de conversa com sua família toda, que é muito grande?”
“Carolina, você acha que podemos fazer uma roda de conversa em sua associação de bairro?”
“Bruna, você conhece pessoas famosas! Poderia me apresentar para eu contar sobre minha campanha? ”
Aqui é o momento de chamar as amigas que você lembrou! Conte para cada uma delas que você irá se candidatar. Pergunte se elas podem se envolver de alguma forma: divulgação no Whatsapp, fotografia, etc.
Modelo de planilha para fazer o mapeamento de pessoas que podem ser voluntárias na campanha
Modelo para Gestão de Contatos de Voluntárias
Uma dica para esse convite é fazer um textinho simples explicando que você já está mapeando como pessoas que querem colaborar com uma campanha, seja na divulgação, seja indo às ruas, seja junto com a equipe fixa. E que em breve entrarão em contato com mais informações para preencherem uma ficha de voluntariado.
Modelo de formulário para inscrição de pessoas que desejam ser voluntárias na campanha.
Modelo de Formulário para Voluntárias
Espalhe esse link com o formulário em todas as suas redes sociais! Em newsletters, caso tenha lista de e-mails; na sua página no Facebook ou outras redes sociais e no seu site. Quanto mais você divulgar, mais pessoas você pode alcançar!
O www.bit.ly é um site que você pode encurtar o link do formulário. Mas não apenas isso, nele você pode acompanhar quantos cliques tem recebido.
Deixe um e-mail padrão de boas vindas preparado para a voluntária receber assim que ela se inscrever. Você pode começar o e-mail com as boas vindas à voluntária, falar da importância dela na campanha, contar que estão estruturando as atividades e em breve ir entrar em contato com novidades sobre como ela pode colaborar.
É muito bom que você crie uma conta de e-mail exclusiva só para conversar com as voluntárias. Mas esse e-mail não pode, em hipótese alguma, ser abandonado às traças. Manter contato constante com as voluntárias é parte essencial da campanha.
Definiu onde cada uma pode ajudar? Boa! Mas não deixe de mandar um e-mail para todas as voluntárias com as possibilidades de trabalho. Isso é bom para caso a voluntária queira fazer outra atividade! (:
Aqui estão as atividades que você deve fazer para acompanhá-las nos diferentes formatos de campanha.
Procure pelos modelos de E-mails para Voluntárias que disponibilizamos dentre as Ferramentas da Im.pulsa.
Nas redes |
Nas ruas |
Nas rodas |
Envie um e-mail falando da importância da divulgação nas redes sociais com atividades específicas para que elas desenvolvam. Crie desafios para elas cumprirem, como se fosse um jogo. Pense em um kit de materiais para elas postarem, divulgar e colocar em uma massa em uma nuvem para que todas tenham acesso. |
Explique para a voluntária que, idealmente, todo tempo livre que ela tiver, ela deve usar para panfletar e ela pode chamar amigas para isso, formando bondes de panfletagem. Garanta um ponto de coleta onde as pessoas podem ir sempre que quiserem para pegar o material. Crie um vídeo simples explicando sobre como panfletar, filmado do celular mesmo. |
Crie um grupo específico no Whatsapp ou Telegram com aquelas que topam organizar rodas de conversa. Passe o link do grupo por e-mail para voluntários voluntários fazerem parte. Escreva uma mensagem padrão com as regras do grupo e mande uma mensagem no grupo a cada 3 dias perguntando quem já tem dados, local e grupo de amigas para realizar rodas de conversa. |
Nas redes |
Nas ruas |
Nas rodas |
Além das dicas da campanha Basicona, crie desafios para as voluntárias cumprirem cada semana. Por exemplo: temos como meta que um vídeo tenha 1000 curtidas até semana que vem. Isso traz unidade para o grupo de voluntários e um objetivo claro. Vá compartilhando de tempos em tempos como está a meta e comemore as conquistas sempre. |
Além das dicas da campanha Basicona, os formulários ajudam a identificar nos bairros as pessoas que podem panfletar e escolher um ponto de escolha na região. Para facilitar, você pode criar um grupo no Whatsapp por bairro ou região e organizar com as voluntárias tudo sobre as panfletagens. Grave um vídeo de capacitação e peça ajuda da sua voluntária que produz e edita vídeos. |
Além das dicas da campanha Basicona, ligue para as voluntárias e estabeleça um contato mais próximo! A ligação sempre aproxima. Crie uma meta de 3 rodas de conversa por semana e estimule as voluntárias a trabalharem com essa meta. |
Nas redes |
Nas ruas
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Nas rodas |
Aqui você pode seguir as mesmas dicas da campanha Basicona e da campa- nha Ideal. Como em uma campanha, Maravilha trabalhamos com a hipótese de que terá verba garantida para impulsionamento nas redes sociais, o estabelecimento de metas para o engajamento orgânico não é tão importante e o melhor mesmo é que como metas das redes fiquem sob a responsabilidade do seu tempo de comunicação digital |
Além das dicas da campanha Basicona e da Ideal, crie panfletaços com grupos de voluntárias ou de pessoal pago pelo menos uma vez por final de semana. No seu formulário, coloque uma opção de voluntária QG: é a voluntária que irá ceder sua casa para ser um ponto de retirada de panfletos, fazer uma roda de conversa e deixar um cartaz da candidata na janela. Se isso não for feito com voluntárias, pode ser feito de forma paga. Tendo a sua equipe de comunicação completa, você pode planejar todos os materiais que devem ser adquiridos, inclusive vídeo de capacitação para panfletagem. |
Além das dicas da campanha Basicona e da Ideal, crie uma meta de 5 rodas de conversa por semana com no mínimo 30 pessoas diferentes em cada uma. Pode ser debate, rodas em casa, eventos. Pense em um material de comunicação exclusivo para esse fim, como, por exemplo, como sua preparação para roda de conversa. Fale com as voluntárias da região de cada roda para que convide uma rede delas e participem. Você até pode pagar pessoas para fazer isso, mas definitivamente não terá o mesmo efeito. Aqui o orgânico vale mais, aposte em pessoas que apostam em você. |
Entenda os diferentes públicos que potencialmente votariam em você e, depois disso, pense em aplicar a partir do Canva, ferramenta disponível na Plataforma Im.Pulsa.
Dica : tenha sempre uma prancheta com você! E por onde você passar, pegue os contados das pessoas.
Também temos uma Ferramenta exclusiva com Roteiros para Encontros com Voluntá-rias lá na Im.Pulsa. 😉
Faz toda diferença você ir para rua junto com a sua equipe para panfletar! As pessoas precisam de te ver em ação, sabe? Se conecte com quem para fazer este trabalho também, sejam as voluntárias ou as pessoas pagas. Deixe que elas criem uma relação com você, para que não seja um trabalho mal feito. É ótimo que elas acreditam no trabalho que vocês estão construindo, até porque, elas precisam saber o que dizer caso uma pessoa faça uma pergunta ao receber seu material de campanha.
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Conteúdo:
Alejandra Parra, Caio Tendolini, Flávia Tambor, Emília Marinho, Karin Vervuurt e Luciana Paes Elmais
Redação:
Victor Soares
Esses conteúdos foram desenvolvidos de forma colaborativa durante uma imersão, realizada em março de 2020, que contou com representantes de diversas organizações.
Por que você não?”, foi essa a pergunta que Marina Helou, se fez ainda jovem e quando falava de sustentabilidade, e estava à procura de alguma candidata para apoiar sem distinção que fosse mulher, jovem, e que falasse de sustentabilidade. Marina nunca tinha pensado em ser candidata, mas tinha vontade de contribuir para o coletivo por entender o que cada vez mais as grandes decisões são externas na esfera política e mais mulheres precisam ocupar esse espaço.
[citação] “A imagem de quem ocupa esse espaço, não era de uma mulher jovem. Sempre foi de homens mais velhos, brancos, ricos, de família política, tudo que era muito distante da minha realidade”, deputada estadual Marina Helou. [/citar]
Marina não tem família, não tinha conhecimento da política e não sabia nada sobre campanha. Então, como conseguir recursos, apoio financeiro e pessoal? Marina recorreu ao celular e a toda a sua agenda de contatos. Sério? Sério, simples assim. E o resultado deu muito certo!
Marina fez uma lista gigante com todas as pessoas que ela conhecia – tipo pessoas da vida inteira – e também contatos próximos de familiares, amigas e amigos, e relacionados em uma planilha. Com o contato dessas pessoas, ela passou horas ligando para cada um, falando da sua candidatura e de seis opções de engajamento com a campanha em que essas pessoas pudesse colaborar: de doar dinheiro até panfletar.
Em nenhum momento ela os convidou para se tornarem voluntários, motivo pelo qual acreditava que esse termo gera uma pressão muito grande e que não é algo que as pessoas topariam tão facilmente.
Aqui na Im.pulsa temos um modelo pronto de planilha para essa gestão de contatos. Basta clicar aqui , salvar uma cópia no seu Drive e atualizar com os dados dos seus contatos e as próximas dicas da Marina. 😉
2 – Divisão de tarefas: Na mesma planilha com os contatos, coloque as ações em que eles podem ajudar. A Marina definindo seis. Veja só:
3 – Ligações pessoais: Ligue para essas pessoas e pergunte: em qual das ações ela topa te ajudar. Se uma pessoa topar tudo, maravilha! Se topar só uma ou duas ações também é maravilhoso, qualquer ajuda é bem-vinda! O importante aqui é apenas gerenciar toda a logística que vem a seguir.
4 – Acompanhamento constante: Colocar alguém de sua equipe para ser responsável por gerenciar como demandas após esse primeiro contato. Ou seja: se alguém aceitou doar, então ela precisa do link de doação; se topou fazer a roda de conversa, ela precisa combinar o dia; e por aí vai. O importante é não dedicar o apoio a essas pessoas, entregar tudo certo e se organizar, em primeiro lugar.
5 – Alimente essa lista: Para todo lugar que a Marina ia, ela passando uma lista de contatos perguntando se alguém queria receber mais informações da campanha ou se gostaria de ajudar. Se uma pessoa sinalizasse que queria ajudar, ela também era cadastrada nessa lista com os contatos e recebia uma ligação perguntas em que, das seis opções, ela poderia colaborar.
6 – Engaje nas redes sociais: Além dessa estratégia de gestão de contatos; Nas redes sociais, a Marina fez uma série de postagens para engajar, seguidoras e seguidores e também fazer com que elas se somassem ao bonde das apoiadoras. Como postagens sugeriam mini-ações, como: “marque três amigas”, “mude sua capa do Facebook”, “faça uma lista de transmissão no WhatsApp para falar da Marina”, entre outros.
Outra estratégia de Marina era ter um grupo no WhatsApp com essas pessoas que aceitavam ajuda de alguma forma. Nesse núcleo, ela enviava materiais e pedia o feedback das pessoas. Ali também foram discutidas ideias e propostas de campanha.
[citação] De forma bem concreta, elas eram voluntárias, mas nunca eram chamadas assim. Chamávamos de gestão de contatos e essa ação exigia bastante organização. Nós também continuamos a alimentar a lista de forma bem pragmática e objetiva sem perspectiva e essa pressão delas serem voluntárias, deputada estadual Marina Helou. [/citar]
Marina foi eleita deputada estadual de São Paulo aos 31 anos e com 40 mil votos.
Conteúdo atualizado em 13 de dezembro, de 2023.
[citação] “Os resultados práticos foram realmente uma gestão de contatos muito mais eficiente, com muita gente que pode ajudar trabalhando pela campanha em atividades claras, em coisas que davam resultados concretos e voto”, deputada estadual Marina Helou. [/citar]
A ideia desta listinha é, basicamente, reunir em um só lugar todas as pessoas que podem te auxiliar durante a sua campanha. Sejam elas amigas, ex-colegas, vizinhas, familiares próximos e distantes; ou até mesmo pessoas desconhecidas que responderam ao seu chamado via redes sociais porque acreditam na sua campanha e em você. É muito importante que todas essas pessoas estejam em um único documento.
Afinal, assim fica mais fácil de coordenar ações como, por exemplo, um compartilhaço (compartilhamento em massa) de alguma postagem sua nas redes sociais; ou um bandeiraço em uma avenida importante da cidade! Veja nosso exemplo, copia para o seu Google Drive e mãos na massa, candidata!
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Conteúdo:
Alejandra Parra, Caio Tendolini, Flávia Tambor, Emília Marinho, Karin Vervuurt e Luciana Paes Elmais
Redação:
Victor Soares
Esses conteúdos foram desenvolvidos de forma colaborativa durante uma imersão, realizada em março de 2020, que contou com representantes de diversas organizações.
Conteúdo revisado em 14 de dezembro de 2023.