No Dia da Consciência Negra, a Im.pulsa reafirma: acompanhe, apoie e viabilize a luta de mulheres negras!
O desequilíbrio na divisão do trabalho e dos espaços de poder, o acúmulo de funções, o sexismo e o racismo não podem continuar sendo os fios condutores das relações estabelecidas em nossa sociedade. Por isso, a conscientização é fundamental!
Ao longo da história, as mulheres negras têm sido ativistas na linha de frente das pautas de gênero, raça e desenvolvimento social. Na contramão das exigências de um sistema que exclui, oprime e mata, elas seguem sendo pioneiras no fortalecimento de comunidades e agendas coletivas para a transformação social e política de nosso país.
Hoje, relembramos as mulheres negras que abriram novos caminhos e acolhemos a luta das que ainda estão aqui.
“Estamos cansadas de saber que nem na escola, nem nos livros onde mandam a gente estudar, não se fala da efetiva contribuição das classes populares, da mulher, do negro, do índio na nossa formação histórica e cultural (…) Em razão disto é ir à luta e garantir os nossos espaços que, evidentemente, nunca nos foram concedidos”. – Lélia Gonzalez
Você conhece as mulheres negras que fazem parte da nossa história política?
Aqui te contamos sobre algumas delas:
1934 – Antonieta de Barros é eleita a primeira deputada estadual negra do Brasil (SC)
1974 – Theodosina Rosário Ribeiro, primeira vereadora negra (SP)
1982 – Laélia Alcântara, primeira senadora negra do país (AC)
1992 – Kátia Tapety torna-se a primeira vereadora trans negra do Brasil (PI)
2002 – Benedita da Silva é a primeira governadora negra do Brasil (RJ)
2018 – Érica Malunguinho torna-se a primeira deputada estadual trans negra (SP)
2022 – Erika Hilton é eleita a primeira mulher trans negra a ocupar a Câmara dos Deputados (SP)
Assim como elas, tantas outras Lecis, Marielles, Carolinas surgem todos os dias pelo Brasil afora. Eleitas ou não, seguem mobilizando as pautas antirracistas e o projeto de bem viver da população negra.
Igualdade racial não é luxo, é direito.
Continuemos lutando não apenas pela eleição de mulheres negras, mas também por sua possibilidade de atuar.
Sobre a autora: Nádia Barros é graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UFMA. Feminista e apaixonada pela dinâmica existente entre comunicação e cultura. Atua na Im.pulsa como Analista de Comunicação.
Fonte: Portal Alma Preta