Há oitenta e nove anos, as mulheres brasileiras puderam votar e ser votadas pela primeira vez. Quase nove décadas depois desse marco histórico, no entanto, seguimos encontrando problemas para que a representatividade feminina se construa no país. Em geral, as mulheres ainda precisam lutar para serem legitimadas na política institucional, enfrentando, diariamente, desafios que podem se desdobrar em ataques e atos violentos. O motivo? Serem quem são.
Imagine um cenário em que uma candidata às #Eleições passa a sofrer ameaças de morte. As ameaças começam pela internet, mas se desdobram rapidamente para os ambientes em que ela circula fisicamente. A mulher faz a denúncia, mas seus apoiadores, homens e mulheres, também passam a sofrer ameaças e algumas dessas pessoas são assassinadas ou deixam a cidade em que moram — e são eleitoras — por medo do que pode vir a acontecer.
Pode parecer ficção, mas não é! Essa é a realidade de muitas mulheres que participam da vida política, sejam elas candidatas, parlamentares, jornalistas, sindicalistas, defensoras dos direitos humanos, militantes ou ativistas, servidoras públicas ou eleitoras.
Diante desse cenário, o InternetLab, em parceria com o Redes Cordiais, acaba de lançar o “Guia para o Enfrentamento da Violência Política de Gênero”. O guia busca compartilhar informações e orientações sobre violência política, de modo que mulheres inseridas na vida política — e o público interessado — saibam do que se trata e como agir diante desse fenômeno.