Confira alguns aprendizados acumulados na experiência da Bancada Ativista e de movimentos parceiros sobre a criação de movimentos políticos eleitorais:
- Acreditar que as mudanças no universo da política podem e devem ser feitas pela sociedade civil é mais que necessário! Precisamos de confiança para colocar numerosos movimentos nas ruas de todo o país;
- Construir novas estéticas, narrativas e formatos de comunicação para falar sobre política têm sido mostrados acertados e alcançados reaproximando-se das pessoas da política, apesar das inúmeras crises e dos esforços de criminalização apresentados nos últimos anos;
- Criar campanhas de baixo orçamento e alto engajamento social é o grande desafio do universo eleitoral, neste momento, para inserção de representantes diversos, mais populares e não oriundos da elite econômica do nosso país;
- Gerir voluntários de uma forma produtiva, que gere engajamento e sentimento de pertencimento, exija um bom plano de ação e gente da equipe dedicada especialmente para isso;
- Coletar contatos de pessoas interessadas no seu movimento, organizá-los e criar uma boa metodologia de uso não é simples. Sugerimos que haja pelo menos uma pessoa dedicada ao banco de contatos. Se um dos canais escolhidos para o uso de aplicativos de mensagens (Whatsapp ou Telegram), é sugerido que o seu movimento tenha um celular apenas para isso (não use o pessoal de alguém do movimento);
- A frente de articulação é tão importante quanto a frente de comunicação para a conquista de novos públicos, territórios e parceiros;
- Buscar ajuda de advogados eleitorais pode ser bastante construtivo, já que eles podem contribuir para que o movimento não cometa ilegalidades. Porém, é importante tomar cuidado para não se limitar demais diante de qualquer risco, buscando analisar as propostas pelos mesmos com um olhar criativo e ativista;
- Congregar pessoas diversas em torno de um movimento eleitoral é necessário, e uma das formas de fazer isso é evitar posicionamentos detalhados sobre pautas específicas que geram mais problematização do que ação. Os especialistas tendem a ter uma opinião fechada sobre os assuntos que dominam, e os ânimos podem se exaltar caso sintam que sua visão está sendo confrontada. Criar uma forma de atuação que contemple e acolha visões progressistas diversas, focando mais no que nos faz um que não que separa, é uma forma de apresentar uma visão de mundo clara sem perder públicos possíveis por divergências pontuais;
- Campanha eleitoral é máquina de mais gente – e o papel do movimento em oferecer apoio emocional a seus membros e candidatos é tão importante quanto o pragmático de construir uma campanha vitoriosa;
- Gerir um movimento requer dedicação, frequência, paciência, capacidade de interesses articulares distintos e saber andar pra frente, mas, também, voltar uns passos atrás em prol da coletividade. Tenha consciência dos movimentos e não fique parado!
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