Entenda como o eleitorado vê o tema, hoje, e saiba em qual perfil se encaixa o público da sua campanha. Descubra como mobilizá-los para uma conversa sobre soluções.
Corrupção é uma palavra que pode ter diferentes significados, de acordo com o seu interlocutor. Ela pode significar um grande número de práticas, que vão desde pequenos desvios de comportamento até a total impunidade do crime organizado.
Invariavelmente, corrupção é um dos problemas que sempre aparece nas pesquisas de opinião pública como um dos temas que mais afligem a população brasileira.
Por isso, tratamos de mergulhar nesse universo e analisar estudos, pesquisas, reportagens e entrevistas, para entender melhor sobre as diferentes visões que o brasileiro tem sobre o tema. Identificamos 7 narrativas predominantes no debate público, hoje. Veja a seguir:
Mas tem saída?
É possível ver que a maioria das narrativas atuais reforça visões punitivistas, moralistas e antipolíticas. Parece até que estamos navegando em um mar revolto, sem bote salva vidas. A questão é que a continuidade desses discursos só interessa às elites econômicas, que criam e mantêm estruturas corrompidas. Elas propagam e transferem a responsabilidade da negatividade e da falta de esperança para o povo brasileiro.
Assim, o eleitor é propositalmente afastado da política e a corrupção é usada para corroer nossa confiança no sistema democrático. Por isso, é preciso romper com o imaginário do senso comum e fortalecer novas narrativas, que contraponham esses discursos.
Mudando a chave
A verdade é que o Brasil está lascado, mas ele não é e nem precisa estar! Propomos, aqui, uma orientação do debate, que aborda indiretamente o tema da corrupção. Isso porque falar de corrupção em um terreno em que a visão sobre a política está destruída é infrutífero: não gera mobilização de soluções, apenas endossa a desesperança, o individualismo e a justiça moral.
É por isso que precisamos entender a luta anticorrupção a partir da ótica de uma política ressignificada, com esperança, coletividade e justiça. E a chave está em mudar a forma como enxergamos e falamos sobre as soluções do problema.
Leia mais em “Como falar sobre corrupção sem que ninguém saia da mesa?”