A identidade visual é essencial para construir a imagem da sua campanha. E não só isso, ela tem o poder de se tornar reconhecível: seja pelas cores, pela fonte que você usa, ou ainda por definições mais personalizadas, como o uso de elementos gráficos, colagens e fontes.
Tudo isso entra nas decisões de identidade visual.
Sabemos que às vezes não é possível contratar uma designer, que seria a profissional adequada para realizar toda a identidade visual da sua campanha, pois ela tem conhecimento para fazê-lo de forma simples e eficaz. Por isso, vamos te dar dicas e ferramentas para que você tenha sua autonomia, quer tenha experiências ou não.
Existem programas de design específicos para auxiliar suas peças de campanha. Os mais conhecidos são: Photoshop, Illustrator, Corel, Gimp (este último é software livre).
Existem ferramentas gratuitas!
Além disso, agora temos à nossa disposição diferentes ferramentas gratuitas para desenhar uma imagem digital ou impressa, no notebook ou no nosso celular. Esta é uma vantagem que antigamente não era tão acessível. O aplicativo CANVA pode auxiliar para desenharmos nossas peças sem grandes dificuldades, ele possui uma versão gratuita bastante rica. No final deste guia você encontrará um documento com tutorial para o uso desta ferramenta.
E mais, aqui na Im.pulsa você pode consultar no guia “Design prático para todos” outras ferramentas gratuitas que possuem algumas funções úteis para esse processo.
Design prático para todas
Nem todas somos designers, mas podemos nos virar com várias ferramentas gratuitas que nos ajudam a produzir peças rápidas para o dia a dia de uma campanha.
Qual é a desvantagem de usar essas plataformas? Eles vêm com modelos pré-prontos pra uso, bastante atraentes. Mas por serem gratuitos, é possível que sejam utilizados com frequência. Existe o risco de sermos confundidas com peças visuais semelhantes, de outros setores ou até pior, de outros candidatos.
Por isso, é fundamental fazermos mudanças.
Tentaremos montar um sistema, e com ele um manual de estilo simples que nos guie na hora de montar nossas peças de comunicação. Então faremos isso com as ferramentas que temos à nossa disposição, e que são mais confortáveis para usarmos.
O que é um Manual de Estilo?
É o manual onde dispomos nossa identidade visual por elementos, os que devem ser usados e que não devem ser usados: logotipo, fontes, paleta de cores, recursos audiovisuais. Isso é útil para que possamos futuramente criar peças com mais facilidade.
Passo a passo. Vamos devagar.
Logotipo
Companheira, se você não é designer, essa é a parte mais difícil.
Não recomendamos de forma alguma que você baixe e use “desenhos” ou “logotipos” da internet. Podem confundir nossa identidade com outras, que fazem uso do mesmo logotipo ou desenho. Se não pudermos fazer um, sugiro construir um logotipo que seja nosso nome em uma determinada fonte.
Aqui estão alguns exemplos:
Temos também o exemplo de Michelle Bachelet, que montou um logotipo escolhendo um tipo de letra e combinando com a bandeira chilena. Isso é facilmente lembrado e identificável:
sIsso está relacionado ao próximo elemento que compõe nossa identidade, as fontes.
Fontes
Para começar a montar uma identidade que seja reconhecível e que nos permita ser identificadas pelos outros, é fundamental definir e seguir o TYPEFACE que vamos usar para a nossa identidade. Também temos que priorizar as fontes que escolhemos, determinando para quê vamos usar cada uma.
Google Fonts é um diretório de fontes gratuitas que podem ser baixadas e que têm a vantagem de serem visualizadas na maioria dos dispositivos, formatos, linguagens de programação e diferentes telas. Há também um banco de fontes no aplicativo Canva. Cada um vem com uma descrição que pode nos ajudar na escolha (se são modernos, se são usados para títulos ou se são recomendados para textos longos, ou para fazer logos, etc.).
A fonte é um objeto de estudo dentro do design gráfico. Existem diferentes categorias de fontes, veremos aqui apenas as mais conhecidas:
- As Serif são as que possuem extensões decorativas nas extremidades de seus traços. Em geral transmitem conceitos de tradição, elegância e seriedade.
- As Sans Serif (sem serifa) são, como o próprio nome indica, aqueles que não possuem esses detalhes decorativos e, em geral, estão associados ao moderno, ao pôster, ao impacto visual devido ao seu peso.
- As Script são aquelas que imitam as tradicionais caligrafias.
Não recomendo usar fontes de script ou com muitos “enfeites”. Essas fontes estão associadas ao infantil, pouco sérias e legíveis.
Devemos sempre ter em mente a legibilidade: queremos nos comunicar com o eleitorado. O que queremos dizer precisa ser lido de forma rápida e clara, principalmente se essa leitura for feita a partir de um dispositivo como um celular ou tablet.
Recomendamos o uso das fontes diferentes, brincar com as opções que cada tipo de letra oferece. Assim podemos definir, por exemplo, o que usar:
- Fonte 1 em negrito é a principal, para colocar meu nome e a mesma em itálico para colocar minha candidatura.
- Uma segunda fonte para reivindicações ou slogans, é a secundária.
Em nenhuma peça vamos usar outras fontes.
Por exemplo, no Manual de Estilo da Unicef, é recomendado o uso de uma fonte em seus diferentes pesos e tipologias, e por vezes são adicionadas duas alternativas para uso, caso queiramos destacar um conteúdo:
Já temos dois dos elementos definidos: nosso logotipo e nossas fontes. Como construí-los? Você pode ver isso no tutorial de design gráfico para sua campanha, que você encontrará no final deste guia.
Paleta de cores
A paleta de cores é outro elemento do nosso manual de estilo. Podemos definir que nossa tipografia sempre vai em uma determinada cor, e cabe definir quais cores nunca vamos usar.
Na política existem algumas regras gerais sobre o uso da cor, mas também depende do contexto. Quero dizer, dependendo da região do mundo em que você está, essas regras gerais da teoria e da psicologia das cores mudam um pouco.
É hora de tomar decisões!
Devemos montar uma paleta de cores, estabelecer usos devidos e usos proibidos.
Se para você é muito difícil pensar em uma paleta, existem sites online para criá-las, como o color picker, em que podemos escolher uma cor e a partir disso gera uma paleta que pode nos ajudar muito.
O que temos que copiar é o código hexadecimal da cor (cada cor, no mundo digital, tem um código de 6 números e letras que a identifica, que é o que vamos usar no Canva).
Também podemos encontrar aplicativos no celular, como Colors in Harmony e outros. Dentro do aplicativo Canva, também temos uma seção de paletas de cores sugeridas, em ‘Estilos’.
Aqui compartilhamos 15 geradores de paleta de cores online para web design e um guia para entender a psicologia das cores.
Fotografia
Para isso, consulte o guia Fotos de campanhas.
Como todos esses elementos da identidade visual se relacionam na hora de compor uma peça?
Quando criamos a identidade visual, incluímos no Manual de Estilo uma seção dedicada à especificação de referências para o desenvolvimento de peças gráficas.
Por exemplo: a que distância os elementos devem estar; usos e proibições; alinhamentos dos textos, relações entre eles e a imagem, etc. Quanto mais tivermos isso definido, mais fácil será para nós termos uma boa comunicação e um bom sistema.