Você sabe o que é sufrágio e quem liderou os movimentos para que todas as mulheres tivessem direito ao voto?
Antes de falar sobre a história, é importante falar sobre a definição da palavra sufrágio. Pelo dicionário de Oxford:
Sufrágio
substantivo masculino
- processo de escolha por votação; eleição.
“só um candidato foi eleito no s.”- voto em uma eleição.
Assim sendo, o sufrágio feminino é o direito ao voto por mulheres. E é sobre esta história que queremos falar agora. Antes de tudo, para reconhecer o papel fundamental das mulheres que nos antecederam na luta por conquistas e garantia de direitos. E também para reconhecer a nossa responsabilidade na manutenção destes direitos conquistados, além da caminhada – ainda longa – para a conquista de tantos outros.
Desde o século XIX, foram muitos os projetos de reformulação do sistema eleitoral brasileiro para que as mulheres pudessem votar nas eleições (sufrágio feminino). Nenhum deles foi aprovado. Já no século XX, os movimentos sufragista e feminista ganharam força e espaço no país.
Em 1910, Leolinda Daltro, uma professora, fundou o Partido Republicano Feminino, no Rio de Janeiro. Em 1917, ela liderou uma passeata exigindo a extensão do direito ao voto às mulheres.
Em 1922 Bertha Lutz fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. As duas organizações realizavam congressos, passeatas e abaixo-assinados para pressionar o governo para conquistar inúmeros diretos das mulheres, como o do voto.
Em 1927, o Rio Grande no Norte mudou o código eleitoral acabando com as diferenças de sexo como condição para ter o direito ao voto. Com esta mudança, Celina Guimarães Viana conseguiu autorização judicial para votar nas eleições para senadores em 1928. A partir dela, outras mulheres do estado passaram a fazer o mesmo. Apesar da vitória e do marco histórico deste movimento, após as eleições. a Comissão de Poderes do Senado anulou todos os votos femininos.
No pleito de 1928, em Lajes, ainda no Rio Grande do Norte, Alzira Soriano foi candidata à prefeitura do município e venceu as eleições, sendo a primeira mulher a ocupar um cargo político no Brasil.
Enquanto isso, Mietta Santiago, uma advogada mineira, notou que a proibição do voto feminino contrariava um artigo da Constituição Federal vigente. Ela recorreu à justiça e ganhou o direito de votar e se candidatar. Em sua primeira eleição, ela concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados e votou em si mesma.
No ano de 1932, no Governo Vargas, as mulheres brasileiras, alfabetizadas e assalariadas puderam ter direito ao voto. No ano de 1946, com a Constituição, todas as pessoas alfabetizadas e maiores de 18 anos conquistaram o direito ao voto. Mas, só em 1985, homens e mulheres analfabetos puderam votar.
E é neste caminho trilhado por muitas mulheres que chegamos aqui, hoje, para ampliar a participação de mulheres diversas na política brasileira.
Você vem com a gente?